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Na Linha do Trem Moderno

Por Paulo Fontenele

As cidades brasileiras j? Come?Aram a oferecer uma infraestrutura mais moderna e densa para facilitar a vida de seus moradores; os investimentos em trens, metr?, ?Nibus e outros meios (como os monotrilhos) se multiplicam, em parte pelas exig?Ncias da Fifa para eventos esportivos de 2013 e 2014, em parte em raz?O da press?O dos eleitores, que miram em problemas locais para escolher seus governantes. E assim o cen?Rio brasileiro vai se transformando nesse grande canteiro de obras que o leva ? Modernidade. Os problemas s?O muitos, heran?A de sua pr?Pria hist?Ria, mas a verdade ? Que os horizontes s?O promissores e os investidores se sentem mais seguros e confort?Veis para acreditar nesse futuro brasileiro. Ainda h? Um longo caminho a percorrer at? Que a qualidade de vida atinja um n?Vel desej?Vel, principalmente nas maiores cidades, como S?O Paulo e Rio.

Mas vale ressaltar as boas no longer?Cias que alicer?Am essa cren?A, a come?Ar pelo programa de investimentos em infraestrutura anunciado pelo governo em agosto. Ser?O aplicados R$ 133 bilh?Es em nove trechos de rodovias e doze trechos de ferrovias para reduzir o custo de log?Stica no Pa?S; ou seja, o plano prev? A constru??O de 7.500 quil?Metros de rodovias e dez mil quil?Metros de ferrovias. Dever?O ser aplicados R$ seventy five bilh?Es em cinco anos e R$ 53,5 bilh?Es em 20 a 25 anos. O programa acelera as concess?Es e refor?A o investimento privado em infraestrutura.

Nas ferrovias, o programa traz como novidade a quebra do monop?Lio no uso das estradas de ferro e mecanismos que estimulam a redu??O de tarifas. O governo federal ser? Respons?Vel pela contrata??O, constru??O, manuten??O e opera??O da ferrovia. Haver? Separa??O entre o respons?Vel pela infraestrutura f?Sica e o usu?Rio e a cria??O de um novo player, o operador. Al?M de avan?Ar na infraestrutura b?Sica, para a redu??O do Custo Brasil no transporte de carga, o programa do governo resgata para os brasileiros a perspectiva da volta do trem de passageiros, praticamente banido em desire das rodovias. E n?O falamos aqui do trem-bala, que ? Outra frente aberta pelo governo, mas daquele trem que percorria as linhas de ferro de nosso Interior com toda a sua poesia. Agora dotado da mais alta tecnologia e embalado em muita beleza e funcionalidade, como os ve?Culos sobre trilhos que circulam pelas cidades da Europa para desafogar o tr?Nsito.

Se l? Funciona, aqui tamb?M pode funcionar, especialmente no transporte intermunicipal. Para implantar esse programa de infraestrutura, o governo criou a Empresa de Planejamento e Log?Stica (EPL) e seu presidente, Bernardo Figueiredo, enche o setor de otimismo ao afirmar: ?A primeira coisa que se precisa para ter trens de passageiro ? Uma ferrovia, onde os trens possam round. O que estamos construindo agora ? Essa base ferrovi?Ria, e estamos adotando um modelo que permite que a gente volte com o transporte de passageiros?. O novo modelo de concess?O estabelece que as empresas que construir?O as ferrovias n?O poder?O estabelecer limites para circula??O de trens de passageiro, que ser? Livre. A ferrovia ser? Aberta a qualquer tipo de trem que queira comprar o direito de circular nela.

Enfim, o governo lan?A pela primeira vez em d?Cadas um programa de investimentos em log?Stica em que a ferrovia prevalece sobre a rodovia: o trem fica com 70% do total a ser investido e o caminh?O com pouco mais de 30%. O governo acona com fraestrutura maior, mais moderna, conjugada a um sistema de log?Stica eficiente em todos os setores, como portos, aeroportos, ferrovias e ferrovias. H? Problemas a enfrentar em todos eles, claro, pois foram muitas d?Cadas de abandono. Para citar um exemplo: no Brasil, dois ter?Os de toda a carga trafegam pelas rodovias. Nos EUA, s? 38%. As ferrovias respondem por 19,five% da carga transportada no Brasil; nos EUA, esse ?Ndice ? De 28,7%.

A rede ferrovi?Ria brasileira, de 29 mil quil?Metros, ? Hoje menor do que foi h? 90 anos. Empresas de commodities dizem que h? Urg?Ncia nessas obras. Numa pesquisa feita pela Funda??O Dom Cabral junto a 126 empresas que geram mais de um 4to do PIB brasileiro, a most important sugest?O para a redu??O do custo do frete ? A constru??O de mais ferrovias. Os economistas t?M dificuldades para quantificar o impacto da infraestrutura prec?Ria sobre a economia, mas concordam que as limita??Es na rede de transportes e a satura??O dos portos impedem a economia de crescer de modo consistente acima de four% ao ano, taxa necess?Ria para que o Brasil alcan?Asse o repute de na??O desenvolvida.

Mas, pelo andar da carruagem e diante de todas as iniciativas tomadas recentemente, ? Bom que os brasileiros mantenham o foco e o otimismo. O rumo tomado ? O da modernidade e solu??O de problemas.

* Paulo Fontenele ? Presidente da CAF Brasil, subsidi?Ria da Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, uma das maiores fabricantes de trens de passageiros do mundo.

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